Praias de Niterói ganham placas informativas sobre a preservação da fauna marinha e aves

09/04/2021 A orla das praias da Baía de Guanabara recebeu placas informativas sobre a preservação da fauna marinha e das aves no meio ambiente. O projeto de educação ambiental é desenvolvido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade (SMARHS), em parceria com a Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos (Seconser) e o Projeto Aruanã, que estuda a vida das tartarugas marinhas. Nos próximos meses, a iniciativa será ampliada para a orla da Enseada de Jurujuba e praias da Região Oceânica de Niterói.

Na área da orla das praias da Baía de Guanabara, as placas trazem mensagens sobre os riscos que a tartaruga-verde corre em função do despejo irregular de lixo nas areias e como a fauna em geral, incluindo as aves, são afetadas também pela utilização do cerol e da linha chilena. Já na Enseada de Jurujuba e na Região Oceânica, as placas vão alertar para a preservação de outras espécies da fauna .

Em relação à fauna marinha, o projeto concentrou-se na tartaruga-verde, espécie sempre vista nas praias de Icaraí, São Francisco, Charitas, Gragoatá e Ponta D’Areia. O animal encontra-se em risco de extinção em função das ameaças ocasionadas pela ação humana, entre as quais o descarte irregular de resíduos dos frequentadores das praias, como embalagens, canudos, sacos e copos plásticos. Essas espécies, frequentemente, são vistas nas praias e areias da cidade e, em alguns casos, são socorridas após ficarem presas com lixo ou mesmo linhas chilenas .

Foram instaladas seis placas sobre a ameaça à tartaruga-verde nas praias da Boa Viagem, Flechas, Icaraí, São Francisco e Charitas. Uma sétima placa foi colocada na Praia de Charitas, para conscientizar sobre o impacto do uso do cerol e da linha chilena nas aves. Além de provocarem acidentes com pessoas, são muito prejudiciais aos pássaros porque eles se enroscam nas linhas e podem ter as asas dilaceradas. A maioria não sobrevive aos cortes e à queda. Charitas foi a praia escolhida para a instalação desta placa por ser um local onde pessoas costumam soltar pipa usando este tipo de material.

O secretário municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade, Rafael Robertson, explica que as placas trazem uma linguagem bem clara e fazem com que niteroienses e visitantes possam conhecer e avaliar o perigo que o despejo irregular de lixo nas praias causa à fauna marinha do município, além de conscientizar a população sobre os efeitos danosos ao meio ambiente .

“A proposta da Secretaria de Meio Ambiente é de que é necessário conhecer para preservar. A nossa fauna marinha, especialmente a tartaruga-verde, é muito impactada pela ação humana nas praias. Nosso objetivo é conscientizar as pessoas que frequentam a nossa orla a não despejar resíduos nas areias, já que desta forma estarão contribuindo com a preservação desta espécie, considerada em extinção. A placa sobre os perigos do cerol e da linha chilena é um apelo para que a população mantenha o seu lazer, mas com segurança, preservando as pessoas e as aves”, enfatiza Rafael Robertson.
A secretária municipal de Conservação e Serviços Públicos, Dayse Monassa, ressalta a importância do projeto para a cidade e o trabalho integrado entre as secretarias e o Aruanã para que a iniciativa se tornasse realidade .

“O projeto do Meio Ambiente conta com o apoio da Seconser na instalação das placas informativas. Teremos também outros locais a serem estudados para implantar esse tipo de plaqueamento na cidade, como o Caminho de Darwin, trilhas ecológicas e caminhos geológicos “ , conta Dayse Monassa .

A engenheira ambiental da SMARHS, Dayane Andrade da Silva Bourguignon, responsável pelo desenvolvimento do projeto, destaca que a necessidade de confecção e instalação das placas ocorreu a partir da Câmara Técnica de Fauna de Niterói, já que alguns representantes relataram os problemas ambientais vivenciados no Município em relação à fauna marinha e às aves.

E quem lida com a proteção de espécies como as tartarugas marinhas aprova o trabalho de conscientização .

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